O ano de 2020 iniciou com um movimento de pressão no mundo todo e com a promessa de um decorrer tenso e incerto. A poeira baixou e o que aconteceria logo em seguida, tomaria proporções ainda maiores. A incerteza, que até então era apenas uma possibilidade, se tornaria a grande protagonista do que estava por vir.
Você já deve ter se deparado com uma grande carga de informações, matérias e opiniões sobre os novos cenários e os padrões impostos pela pandemia do novo coronavírus. E não é pra menos. Em um universo carente de respostas, a observação se torna a principal ferramenta de busca.
Mas o que de fato essas notícias, estudos, análises e projeções querem nos dizer? Elas responderão às perguntas de como deveremos seguir daqui pra frente?
Algumas já estão claras e perceptíveis a olho nu: as pessoas precisarão se adaptar o quanto antes. E não só elas. Os negócios, por exemplo, precisarão se transformar em um curto espaço de tempo e a tecnologia, acelerar.
O que antes era apenas uma possibilidade se transformou na real necessidade de olharmos para o futuro da humanidade, do consumo inteligente e das projeções tecnológicas com novos olhos.
COMPORTAMENTO
Tudo passará por transformações significativas, seja o comportamento cognitivo, emocional ou estrutural. Mas o que mais será sentido e percebido é a mudança no comportamento digital das pessoas. E isso não está relacionado apenas aos esforços econômicos de retenção e de redução dos impactos causados pela COVID-19.
Está ligado à experiência dos consumidores com novos modelos de compra. Se antes havia uma desconfiança universal por plataformas e metodologias, após o isolamento social e a efetivação positiva dos novos formatos de consumo, as pessoas passarão a rever o seu papel dentro dos formatos tradicionais de aquisição de produtos e serviços.
Esses argumentos deixaram de ser tratados apenas como uma tendência mercadológica. Levantamentos históricos de momentos em que a sociedade viu o futuro ser tratado como uma incerteza, comprovam padrões comportamentais extremamente importantes para o curso da sociedade e para a tomada de decisão dos negócios.
É o que indica um estudo da Nielsen (Companhia Global de Informação, Dados e Medição), que reuniu estruturas e padrões de comportamento para traçar expectativas de compras e seus impactos em múltiplos mercados.
Essa pesquisa ainda apresenta como uma crise na saúde pública mundial influencia fortemente as intenções, práticas e graus de consumo das pessoas, como o desenvolvimento universal de novos hábitos de saúde, higiene, nutrição e saneamento.
Outros fatores e comportamentos também podem ser notados, principalmente em decorrência do novo coronavírus:
1) Diminuição da frequência de compra e aumento ticket médio – movimento de estocagem;
2) Crescimento do consumo de itens de higiene pessoal e limpeza no mundo todo;
3) Supermercados e lojas de proximidade ganham relevância (viagens mais curtas);
4) Canal Online com volumes de venda 10X maiores que sua média histórica;
5) Entrega grátis em todos os pedidos de medicamentos;
6) Gerenciamento de Categoria se torna mais relacionado à gestão do sortimento com base em oferta ao invés de demanda;
7) Redução de 40% das promoções.
“It’s all about the basics – and all about your local community” – Garantir estoque em gôndola dos itens mais importantes é o serviço mais básico e o mais importante neste momento.
E como as organizações acompanham as nuances desse novo consumidor e da descoberta de novos hábitos de consumo?
Um passo à frente os negócios preparados para o protagonismo 100% digital.
Por trás de um bom planejamento estratégico, existe um plano de negócio que atenda a todas as expectativas verticais e horizontais de uma organização. Dentre elas, uma estrutura básica que desempenha um papel fundamental em âmbitos físicos, digitais e tecnológicos.
No cenário em que estamos vivendo hoje, por exemplo, o isolamento social, até então em vigor nas principais economias mundiais e orientado pelos principais órgãos de saúde, impossibilita que o consumo aconteça de maneira presencial.
E isso já está presente nas pesquisas disponibilizadas pelo NZN Intelligence através do E-Commerce Brasil, em que 49% dos brasileiros consideram reavaliar seus gastos e 71% afirmam pretender aumentar o volume de compras online. Enquanto 69% garantem que gastos com shopping e cinema deixarão de ser prioridades, 46% cogitam a possibilidade em contratar novos serviços de streaming.
E os negócios acerca de uma única forma de rentabilização, sobrevivem às variáveis e ameaças que envolvem o mundo comercial?
A sustentabilidade de um negócio está diretamente relacionada à sua pluralidade. Em uma crise digital, que pode acontecer desde uma falha geral na conexão até a interferência governamental, os modelos estritamente online sofrerão danos irreversíveis e/ou se não, trágicos. É como se o critério da seleção natural, fosse a adaptação espontânea.
É preciso sempre repensar formatos, modelos e gestão, baseando-se em três pilares:
CRIATIVIDADE
ESTRATÉGIA
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
Sem dúvidas, a COVID-19 pressionará a humanidade e o mundo dos negócios a se prepararem e a se reinventarem, não apenas para o futuro, mas para o que quase sempre é incerto. O sucesso e o preparo não estão apenas relacionados a modelos bem estruturados ou planos precisos de contingenciamento. Estão na maneira em como um negócio pode ser flexível, variável e adaptável às principais transformações de comportamento dos consumidores.
#JuntosàDistância