A tradicional embalagem de tom alaranjado que todos associamos à Manteiga Aviação em lata evoluiu. Sem abrir mão da tradição e da qualidade que colocaram a manteiga entre as marcas mais admiradas e importantes do mercado brasileiro, nasce a nova embalagem. A nova embalagem da Manteiga Aviação em lata vem com atributos importantes: dispõe de sistema abre-fácil em alumínio que dispensa o abridor, vira uma manteigueira e não necessita de refrigeração.
Os estudos para chegar à embalagem atual envolveram toda a agência Alta Comunicazione. “Nosso maior desafio foi dar continuidade na história de amor entre uma marca e seus consumidores”, explica Roberto Furlan, diretor de Planejamento e Atendimento. O trabalho priorizou uma comunicação bem detalhada ao trade, explicando por que mudou, o que mudou e, principalmente, o que o consumidor ganha com as mudanças.
Na sequência, vêm as ações com materiais em PDV e o reforço do conceito “Nova Lata, Mesma Manteiga”, e alguns esforços em mídia que estão sendo planejados. De acordo com Zeppa Tudisco, diretor de criação da Alta Comunicazione, foi uma grande experiência trabalhar em um projeto como esse. “A Aviação tem uma relação quase centenária e muito especial com o consumidor. Agora a manteiga de sempre ganha mais praticidade, facilidade, sem deixar de manter a tradição”, explica.
Sobre a Manteiga Aviação
A saga da mais tradicional e conhecida manteiga do País começou em 1920, em São Paulo, por obra de Augusto Salles, seu filho Oscar e o genro Antônio Gonçalves. Nascidos em Minas Gerais, os três viviam na capital paulista, onde fundaram a Gonçalves Salles em 20 de setembro de 1920. Um ou dois anos após a fundação, o trio pioneiro adquiriu uma indústria de laticínios que estava desativada na cidade mineira de Passos, hoje, encontra-se em São Sebastião do Paraíso, onde construiu instalações e implantou equipamentos de tecnologia avançada.
O nome Aviação e o velho aeroplano estampado em seu rótulo foram adotados numa época em que a navegação aérea estava começando e ainda deslumbrava a humanidade. A Gonçalves Salles também não consegue identificar quem criou os dois itens. Sabe apenas que a rebuscada letra “A” do logotipo Aviação foi desenhada por um antigo funcionário. Até a década de 40, o tradicional logotipo mostrava um biplano monomotor. Foi então substituído pelo bimotor a hélice, mantido até hoje.
A manteiga de cor amarelada, consistência pastosa e sabor delicado foi uma das primeiras a ser elaboradas industrialmente no Brasil, sob rigoroso cuidado higiênico e controle de qualidade. Curiosamente, até o início do século 19, consumíamos manteiga feita na Inglaterra, trazida pelos portugueses. Era vermelha, salgada e, frequentemente, rançosa.
Em 1818, atravessando o Nordeste, o cronista Henry Koster, um português filho de inglês, vindo até nós em busca de clima propício à cura da tuberculose, criticou o gosto da manteiga que lhe era oferecida na viagem. Enfim, parte do êxito inicial da Aviação se deveu a um fato adicional. Ela surgiu antes da popularização da geladeira.
A manteiga da lata alaranjada dispensa essa conservação quando mantida em local fresco e pode ser consumida até dois anos após a fabricação.