Minha primeira experiência na Game XP, o primeiro GamePark do mundo, foi positivamente surpreendente.
Fui até o RJ para conhecer essa ‘Feira’ que teve como objetivo fazer benchmark para um cliente da ALTA. Primeiro, que não era uma Feira, você descobre logo quando chega que está realmente em um espaço muito além dos grandes pavilhões em que estamos acostumados a trabalhar. E ao ar livre com sol, muito sol, por sinal. (usem filtro solar!)
As boas impressões começam logo na chegada ao bairro onde o evento aconteceu, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Na entrada, um espaço reservado para serviços de motorista por aplicativo, tudo organizado por filas de carros e com entradas específicas. Muito bom, mas longe dos portões. Uma caminhadinha básica até eles foi necessária. E a partir daí as impressões só melhoraram. Eu que tenho apenas contato com o mundo gamer pelos meus filhos, mas raso (arrisco no máximo uma corrida de carros, motos e olhe lá), fiquei muito feliz em ver o tanto de famílias que estavam chegando juntas. De mãos dadas, mochilas nas costas e com suas roupas divertidas de algum personagem ou jogo do mundo gamer.
Na catraca da entrada, outro ponto me chamou muita atenção. Assim como a maioria do staff trabalhando no evento, os seguranças eram super amigáveis em suas abordagens. Discreto e educado, o segurança que abriu minha mala até se desculpou por ter que fazer a revista. Eu respondi que tudo bem e agradeci a simpática abordagem.
Um pouco mais adiante, uma escultura em formato de meio círculo com a aplicação da marca GAME XP em letras caixa. Simples, divertida e imponente! De ferro e lona transparente costuradas. Primeiro espaço instagramável do evento. Sim, vários espaços instagramáveis por toda parte.
A sinalização é um importante ponto para organizadores de eventos. Eu diria que eles foram cirúrgicos, muito claros e divertidos. Além de mapas e placas sinalizadoras, tinham painéis indicando o cronograma de cada arena do evento.
As arenas eram espaços numerados e divididos por temas como:
Campeonatos de games
Uma verdadeira batalha de nervos, realizada numa base de uma quadra da arena olímpica que fora completamente modificada para dar vida a esses momentos. Havia muita iluminação, era todo carpetado com painéis enormes e leds, muito leds. A Fan Fest da Copa do Mundo de Fortnite foi o ápice! Ao entrar no espaço você se sentia transportado para outro mundo onde o silêncio e o foco só eram quebrados quando um dos times pontuava. Palmas e gritos vindos da plateia. Ainda assim, de maneira contida. Campeonato de gente grande. Ops, tinham crianças grandes ali que davam show.
Espaços de ativações.
A Arena Atari foi um exemplo. Ali eu me encontrei com os games da minha época, de ficar em pé na frente, sabe? Sem cadeiras confortáveis que só faltam falar. Que demais! Tinham todos, desde os de ‘lutinha’ que davam até câimbra no dedão de tanto apertar, até os FIFAs com seus times super atualizados. E mais uma vez, famílias reunidas nas filas. Dava para ouvir e sentir (olha o sinestésico aí!) a realização dos pais de apresentarem e jogarem jogos de suas épocas com seus filhos.
As ativações dariam um texto à parte. Foram tantas e tão diversas, todas, com certeza, tendo como premissa gerar experiências reais e sensíveis para os visitantes. Mesmo que fosse o game com o gráfico mais perfeito e avançado (essa aprendi com filho, gráficos do mundo dos gamer), a ideia era trazer o público para vivenciar as coisas mais simples do mundo real, além das telas.
Um exemplo que me marcou demais, e talvez consiga explicar o que estou dizendo, foi a ativação do Pac-Man. Fico imaginando receber um pedido de um cliente para um trabalho desses. Sem dúvida, a cabeça de um produtor de eventos e live marketing vai da terra ao céu. Passam diversas ideias e, provavelmente, muitas delas ligadas às tecnologias mais atuais possíveis, de ponta.
Mas, não! a Experiência Pac-Man consistia em passar por um backdrop (quadro grande com estrutura trainel e uma lona para fundo de fotos) com uma imagem relacionada ao game, tirar uma foto para catalogar o grupo, #compartilhar e entrar em um labirinto usando um chapéu colorido representando os bonecos. Os times tinham seus tempos cronometrados para um campeonato e, ao final do dia, quem saísse dali no menor tempo era premiado. Tudo projetado em um telão, sempre.
Só isso? Sim, era só isso. E tinha 2h30 de fila. De novo, muitas famílias.
Grandes marcas ativando por todos os lados. Todas levando diversão e promovendo momentos inesquecíveis para os visitantes. Tirolesas, Paredes de Escalada, Karaokês, Escorregadores, Roda Gigante, Montanha Russa, como se fosse um parque de diversão mesmo. Com menos tecnologia do que eu imaginava e muito mais sensações do que eu esperava. Uma sensação de “liberte a criança dentro de você e se desafie.”
Montagens.
Estruturas padrão, muito trainel e painéis modulados me chamaram muito a atenção no evento. O que realmente dava vida a tudo aquilo ali eram o uso de cores e materiais como lonas, PVCs e PS (plásticos utilizados em montagens) que permitem as mais diversas aplicações e formatos. Além, claro, da iluminação. Muito LED! Perdi a chance de estar a noite lá, mas devia ser um deleita para a visão. Além das conhecidas fitas e mangueiras de LED, muito tubo de LED, a nova onda nas fachadas e projetos luminotécnicos para estandes e projetos cenográficos.
Estandes de marcas.
Haviam algumas marcas que preferiram estar em espaço delimitados, dentro de algum ‘coberto’ (pois realmente não podemos usar a palavra pavilhão nesse caso), para criarem seus espaços de interação. Algumas delas conseguiram incluir alguma experiência ali, mesmo que utilizando games para divertir o público que, em alguns momentos, buscava se proteger do sol.
O que vimos ali é que pelo próprio propósito do evento, não haviam espaços que não fossem emoldurados por algum tema gamer. Mesmo esses locais mais reservados para as marcas ficavam dentro de cenários produzidos pela organizadora. Tudo para que a atmosfera gamer não se perdesse por um minuto sequer. Um frenesi para os sinestésicos de plantão.
Espaços relacionados.
Outra coisa que me chamou atenção nesse evento foi a presença de iniciativas e projetos relacionados ao mundo gamer, como um espaço destinado para artistas de rua para apresentarem suas propostas e exporem seus trabalhos. Tudo a ver, né? Às vezes nos limitamos aos nichos e públicos dos negócios dos nossos clientes e não nos atentamos a abrir nossa mente e visualizar perifericamente o que compõe os seus contextos.
Imagino que quem leu tudo isso deve estar pensando agora: “Ok, e que vantagem ‘Maria’ leva?” O que leva uma marca a colocar na sua estratégia de comunicação estar presente em um parque de diversões Geek? Qual percentual de vendas a mais ela vai visualizar no seu balanço de final de ano propondo essa interação com o público?
Ah, ai também teria que escrever outro texto. Além de ser um espaço de contato e vitrine B2B e B2C onde as marcas podem, não só apresentar, como testar seus produtos, a GAME XP prepara o terreno para o que as marcas mais procuram hoje em dia para seu crescimento: tocar o seu consumidor de alguma forma. Sim, fazer aquele barulho dentro da gente, ir de encontro com nosso propósito, trazer vida para nossa experiência de compra e, dessa forma, ser Top of Mind das nossas escolhas.
E você, o que tem feito para se aproximar do seu público além da propaganda tradicional?
Luciana S. Barbosa
Relações Públicas – Gestora de Eventos e Live Marketing