Inteligência Artificial tem deixado àquela percepção futurista, no melhor estilo Jetsons, para trás e passa a frequentar cada vez mais os debates de tecnologia e tendências digitais. O tema, que já é realidade em diversas empresas dos mais variados portes, foi debatido no último Alltalks de outubro da Alta Comunicazione.

Basicamente, IA é a máquina pensando como humano e como pode conectar os diversos ambientes de rotina, como lar, trabalho, lazer em uma única experiência. Esse avanço tem acelerado ainda mais as transformações das experiências do consumidor em todos os ramos. Com isso, o cliente exige rapidez e eficiência, mas ao mesmo tempo valoriza interações autênticas e personalizadas.

Aplicações de IA no Brasil estão presentes em ramos de entretenimento, operadoras de saúde, varejo, marketing digital e até mesmo em advocacia no qual já é possível registrar petições, realizar buscas e pesquisas legais entre outras tarefas mais básicas no meio jurídico.

Um exemplo de aplicação de IA na jornada de consumo é com a Netflix que com base no comportamento individual do assinante, ou seja, personalizado, faz recomendações de filmes, séries e documentários. O contato inicial das empresas com a IA, muitas vezes se dá através de Chat Bots que são máquinas programadas para interagir via chat com consumidores.

Quando trazemos o tema IA nos deparamos com uma série de nomes: Big Data, Algoritmo, Machine Learning, Redes Neurais, Deep Learning (ou Deep Neural Network), Analytics Preditivas entre outras. São todas estruturas que possibilitam a existência e evolução da tecnologia em questão. Big Data, por exemplo, é a alimentação da IA: grandes quantidades de informações, estruturadas ou não, são a base para determinar padrões e fazer previsões.

Mas que dados são esses? É justamente aí que a IA pode auxiliar as empresas. Os dados não analisados e pouco usados não representam apenas uma oportunidade perdida. São uma falha substancial na conexão com consumidores modernos na forma que eles esperam (e exigem). Atualmente, metade das decisões de negócios são tomadas com base em informações incompletas, o que desconecta a empresa do produto e, portanto, do cliente. De todos os dados criados pelos clientes, menos de 1% são analisados. Consequentemente, 77% dos clientes afirmam que não interagem com as empresas.

Segundo a IBM, 2,5 quintilhões de bytes de dados são criados diariamente, 90% criados nos últimos 2 anos e 80% de dados não estruturados (são dados que não podem ser estruturados como textos, vídeos, áudio).

Abaixo, apresentamos os principais motivos pelo qual as empresas estão utilizando Inteligência Artificial segundo o portal Statista de pesquisa online e inteligência de negócio. 

• 84% das empresas utilizam para vantagem competitiva;
• 75% usam para novos negócios;
• 75% utilizam para abrir novas empresas;
• 69% usam para equiparar a concorrência;
• 63% utilizam pois acreditam que a redução de custos passa pela I.A.;
• 59% implementam por pressão dos clientes;

Mas, como tudo isso começou? 

As ideias relacionadas com inteligência artificial são de bem antes do surgimento da tecnologia que tornou isso possível. Os estudos começaram durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1943, Warren McCulloch e Walter Pitts utilizam pela primeira vez o termo Redes Neurais em um artigo publicado. Claude Shannon, em 1950, fala sobre como programar uma máquina para jogar xadrez com cálculos de posição simples, mas eficientes. Nesse mesmo ano, o lendário Alan Turing desenvolveu uma forma de avaliar se uma máquina consegue se passar por um humano em uma conversa por escrito. Aqui fica a indicação do filme Jogo da Imitação que conta essa história. Já na década de 60, o Departamento de Defesa dos EUA se interessou por esse tipo de tecnologia e começou a treinar computadores para imitar o raciocínio humano básico.

O Alltalks é o laboratório de conhecimentos gerais da Alta Comunicazione, criado para que todos compartilhem seus conhecimentos com todos. O tema Inteligência Artificial foi apresentado pelas analistas de marketing digital da Alta, Ana Luiza Rodrigues e Thaís Bompani. 

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